domingo, março 29, 2009

Windows 7 terá suporte a Touch Screen

Nem saiu ainda a versão Release Candidate (última versão de testes antes do lançamento comercial) prevista para o início de maio e a Microsoft já divulgou uma nova ferramenta a ser incorporada ao Windows 7, o suporte a comandos a partir de telas sensíveis ao toque. O vídeo divulgado com a nova funcionalidade encontra-se disponível no site de vídeos Msn Vídeos mostra um usuário arrastando e soltando arquivos, trabalhando com imagens e selecionando textos usando apenas toques na tela.

Entretanto, a Microsoft planeja lançar os produtos que comportam essa funcionalidade apenas depois do lançamento do Windows 7 para PCs que não possuam o recurso de telas sensíveis. Do lado das fabricantes, a Dell com a evolução da série Latitude e a HP com as séries IQ500 e IQ800 devem sair de fábrica já com essa característica, resguardando a área do touchpad (aquela área destinada ao movimento do ponteiro do mouse nos notebooks) apenas como recurso auxiliar.

A primeira vista, apenas as versões Home Premium e Ultimate devem contar com essa funcionalidade.

<br/><a href="http://video.msn.com/video.aspx?vid=891c68b3-a534-4159-b6b2-8e4ac56b6890" target="_new" title="Windows 7 Touch Gestures">Video: Windows 7 Touch Gestures</a>


sábado, março 21, 2009

Internet, presente e futuro.

É gritante a tendência global do mundo da tecnologia em direção a computação nas nuvems. Graças ao fenômeno maciço da Internet, temos hoje no mercado dispositivos de acesso à web tão diversos, quanto os usuários dos mesmos. Geladeira, netbook, celular, PDA, smartphone, etc. Tudo isso acessa a rede mundial de computadores. O fenômeno é tão surreal, que vemos finalmente os sistemas operacionais caírem para segundo lugar em importância. Por outro lado, os browsers que antes eram meros "programinhas", passaram a ser o hit do momento. As linguagens de programação para web antes consideradas fajutas e discriminadas no mundo dos programadores, hoje dominam o cenário mundial da programação.

A Internet caminha a passos cada vez mais largos para a democratização de conteúdo. As pessoas não querem mais apenas compartilhar vídeos e mp3, elas querem compartilhar vídeos com qualidade de DVD e álbuns completos de música. As ferramentas de P2P, dominam o tráfego de massa na rede, os blogs que publicam filmes, séries, livros... Compartilhar! O sonho do internauta.

A Grande Rede está crescendo de tal forma, que hoje os governos atuam tentando censurar o contéudo que lhes possa afetar a governabilidade. A China é o maior exemplo disso. Mas é claro que os governos não estão prontos para a velocidade e o poder da rede. Enquanto os governantes chineses ainda estudavam alternativas para conseguir barrar o tráfego, pessoas em diversas partes do mundo já disponibilizavam ferramentas para furar a "Muralha da China". O caso Cicarelli no Brasil é outro exemplo disso, um juiz, no alto de sua ignorância e arrogância, simplesmente mandou bloquear o acesso ao Youtube no Brasil. O resultado foi que a ordem ecoou vazia, pois as pessoas já haviam feito ferramentas para disponibilizar o acesso, e desmoralizou o Judiciário.

A força da Internet está na liberdade de não se submeter a qualquer governo e a qualquer tipo de controle. Os governos parecem dinossauros gigantes, pesados e lentos tentando conter uma nuvem de gafanhotos.

É claro que tanta liberdade tem seu preço. Se por um lado conseguimos acessar com um click imagens da superfície de Marte (thankz Google!), por outro com um click podemos nos deparar com pornografia infantil, intimidades expostas, vírus, worms, trojans, spywares... Provavelmente, no futuro, o filtro de conteúdo seja mais presente em nosso cotidiano. Ps.: O Google Images já filtra algum conteúdo or padrão, o que sinaliza a tendência da rede.

Baseado nesse cenário arrisco-me da dizer os próximos passos. A internet caminha para uma revolução na forma como o conteúdo compartilhado é exposto ao usuário. Temos telas multitoque flexíveis, que criarão páginas com interface incrível. Mas isso não será trabalho dos sistemas operacionais, mas sim dos browsers, pois estes recursos devem ser incorporados as especificações da HTML. Sistemas de reconhecimento de fala e gestos. Tudo isso será absorvido pela nossa rede com tamanha voracidade, que provavelmente nós um dia nos perguntemos, "Você lembra daquele tempo que os sites eram exibidos em monitores LCD? Que tempo chato!"

Quem viver, verá!

sexta-feira, março 13, 2009

Quer começar a programar em nuvem? Veja aqui as opções!

No artigo chamado Cloud Computing - Programando nas nuvens, explicamos um pouco sobre essa nova tendência na área de desenvolvimento de sistemas, além de explicar um pouco a respeito sobre os conceitos relacionados, bem como quem atualmente está investindo na área. Sendo assim, nesse post pretendo abordar uma nova vertente da Cloud Computing que tem um potencial de crescimento significativo, o desenvolvimento para Sistemas Operacionais em nuvem. Veja algumas alternativas para quem quer começar a "andar nas nuvens".

Windows Azure



Sem dúvida um dos assuntos mais comentados a respeito do desenvolvimento de S.O rodando na nuvem, foi a respeito da inclusão da Migrosoft nesse mercado através de sua nova plataforma para criar e executar aplicações web, chamada Windows Azure. Suas vantagens principais estão no uso de produtos conhecidos como o MS SQL Server que recebeu sua versão online batizada de SQL Services, o Visual Studio 2008 já com algumas ferramentas incorporadas para o desenvolvimento em Cloud Computing, além de integração com a série Live Services, um conjunto de serviços e blocos construtivos que podem ser usados na construção de web apps. Entretanto, o Windows Azure ainda está em fase beta e atualmente só é compátivel com aplicações criadas usando o .NET Framework. Quem estiver interessado em conhecer melhor o sistema pode dar uma olhada na versão beta localizada na Community Technology Preview.

Google App Engine



Atualmente quando se fala em cloud computing, é inevitável pensar no Google com todos os seus serviços web como Docs, Calendar, Gmail, Reader, etc..Tanto como é inevitável a entrada da empresa em um projeto tão interessante quanto o desenvolvimento de S.O para nuvem. A aposta do Google nessa área vem na forma do Google App Engine, atualmente gratuíto em sua fase Beta, ele disponibiliza 500MB em armazenamento para os usuários que segundo o google, em conjunto com o poder de processamento destinado ao recurso, são capazes de suportar sites de até 5 milhões de page views mensais. Atualmente, ele encontra-se entre os produtos mais limitados quanto à outras plataformas em nuvem, oferecendo apenas a possibilidade de desenvolver aplicativos usando a linguagem Python e banco de dados em DataStore, versão derivada do banco de dados Big Table, usado internamente na empresa. A estimativa é que futuramente a empresa lance versões pagas do produto com maiores recursos.Quem quiser conferir o Google App Engine e baixar o SDK, é só acessar a área reservada ao produto no website do Google.

EyeOS



O EyeOS é o mais novo candidato a ser o Linux da Cloud Computing. Trata-se de um projeto de software livre iniciado em 2005 por Pau Garcia-milá e que já abrange comunidades de desenvolvedores operando em 9 países. Apesar de não ser considerado um S.O em essência, por não permitir interação direta com o hardware, ele roda sobre Apache e PHP e permite ao desenvolvedor criar e executar aplicações web facilmente. Entrando no site do projeto, é possível baixar o kit de ferramentas (SDK) ou testar o sistema online.


quarta-feira, março 11, 2009

Testamos o Windows 7 Beta!!

Em 2010, Apenas 3 anos após o Windows Vista, a Microsoft irá lançar o Windows 7, novo sistema operacional da empresa, esperando desfazer as criticas que incidiram sobre o seu antecessor, bem como reduzir os impactos sofridos com a crise econômica. Acontece que a equipe do Café com Bits teve acesso a versão Beta do S.O (disponível no site da Microsoft até 10 de fevereiro de 2009) e aqui vão as nossas impressões iniciais a respeito do sistema:

Desktop



A primeira vista, o W7 parece uma refilmagem do Vista, muito embora a melhora de desempenho é perceptível. O sistema apresentou uma inicialização bem rápida, mostrando uma área de trabalho com design belo e uma aparência bem clean e elegante, apresentando inclusive características de transparência. Uma novidade é que agora os desktops gadgets, as mini-aplicações que rodam na área de trabalho, agora não estão mais limitadas a uma barra lateral. Clicando com o botão direito do mouse sobre qualquer ponto da área de trabalho e selecionando o gadgets gallery, você poderá arrastar e soltar algum dos itens disponíveis para qualquer lugar da tela.

Barra de tarefas



Entre as novidades interessantes encontradas na nova barra de tarefas estão o botão de visualização do desktop, localizado discretamente ao lado do relógio, bastante útil quando se tem diversas janelas abertas simultaneamente e deseja-se verificar algum evento na área de trabalho.

Personalização do tema




O novo de recurso de personalização da área de trabalho permite alterar de uma só vez um conjunto de papéis de parede, esquemas de cores e sons e proteção de tela, permitindo uma configuração rápida e um resultado final que torne o sistema realmente adequado ao usuário.



A janela Windows Color por sua vez, torna possível a configuração de uma extensa variedade de cores e permite habilitar ou não o recurso de transparência às janelas.

Notas e Lembretes



Sabe aquelas folhinhas de papel geralmente pregadas nas bordas do monitor para lembrar algum compromisso importante? esqueça-as! Agora, com um programinha chamado Sticky Notes é possível adicionar anotações e posicioná-las em qualquer lugar da tela.

Menu Iniciar



Quanto ao menu iniciar, ele segue o mesmo padrão utilizado no MS Vista, com pequenas alterações no design que não chegam a ser tão perceptíveis.Uma novidade boa é a melhora no sistema de buscas e organização dos arquivos.

Windows Explorer



Da mesma forma, não foi percebida nenhuma alteração tão significativa em telas como o Windows Explorer e My computer, a não ser que em geral as janelas tiveram um design e organização que os tornaram mais limpos e organizados. O control Panel agora além da divisão das ferramentas por área de atuação, comum nas demais versões, permite ao usuário acessar rapidamente as tarefas comuns associadas as ferramentas do grupo.

Paint, WordPad e Calculadora



paint

wordpad


Assim como mostrados em posts anteriores, os programas passaram a adotar um design semelhante às últimas ferramentas desenvolvidas pela Microsoft, como a suíte de aplicativos Windows Live (que não fora incorporada a esta versão do S.O) e o Microsoft Office 2007.

DVD Maker



Agora, o W7 traz integrado ao sistema um queimador de dvds simples, mas útil, que permite ao usuário rapidamente criar um disco de vídeo ou do tipo show de slides.

Windows Media Player



O novo Media Player dessa vez vem com uma boa notícia para quem reclamava da excessiva carga de memória da versão anterior do tocador, agora o software vem com dois modos de visualização. O modo biblioteca, com interface semelhante ao Media Player 11 para permir gerenciar as bibliotecas de mídia, listas de execução além de ferramentas para gravação de mídias, sincronia com dispositivos e controle de plugins e temos o modo de execução, otimizado para ser levemente para executar arquivos grandes como filmes e vídeos.



terça-feira, março 10, 2009

Google diz que o fuso-horário contribuiu para o sucesso do Orkut no Brasil



Marissa Mayer, vice-presidente do Google, em entrevista ao programa do entrevistador Charlie Rose na PBS que foi ao ar no dia 5 de março de 2009, declarou que a diferença de fuso-horário pode ter contribuído para a popularidade do Orkut em mercados emergentes como Brasil e Índia e fracasso em todos os demais.

Segundo ela, o Orkut foi lançado antes de se ter ainda uma estratégia consolidada para o mesmo. As consequências foram que quando houve a adesão em massa ao serviço, ela passou a exibir grande lentidão e com frequencia ficar fora do ar (quem é usuário antigo da rede social, lembra-se bem desse período negro) irritando bastante aos usuários da Europa e Estados Unidos. O resultado foi uma má fama associada ao nome Orkut.

Entretanto, os mercados onde hoje o Orkut é líder de acessos como o Brasil e a Índia não sofreram demasiadamente com esse fato, justamente por que os horários preferidos para acesso à rede coincidiam com os períodos onde os servidores do não estavam tão sobrecarregados, permitindo que a rede social se populariza-se entre seus usuários.

Mas hoje temos um programa de escalabilidade excelente e podemos crescer em todos os mercados sem comprometer a qualidade do acesso ao orkut”, comenta Marissa que se surpreende com o fato de que usuários desses dois países conhecem mais a respeito do Orkut do que mesmo do Google.“Se você for para estes países, eles frequentemente pensam que o orkut é dono do Google. E quando você conversa com pessoas no Brasil, elas dizem ´Oh, Google, você quer dizer aquela subsidiária do orkut´?", disse a vice-presidente da empresa que comenta-se já estar de olho na aquisição de outra rede social atualmente conhecida pelos internautas, o Twitter.


segunda-feira, março 09, 2009

E ae? Que tal curtir um pouco de Jazz?

Não, não estamos falando daquele estilo de expressão artístico-musical nascida no início do século XX no estado de Nova Orleans nos Estados Unidos e sim de uma nova tecnologia lançada pela IBM. Trata-se do IBM Jazz, uma plataforma de desenvolvimento através da integração de ferramentas de colaboração oriundas da WEB 2.0 (tais como Wiki, Mensagens instantâneas, chats, blogs e listas de discussão), metodologias de desenvolvimento ágil (como Scrum e XP) e ambientes de desenvolvimentos complexos como o Eclipse, criando um conceito de CDE (Colaborative Development Environment) estendendo oque conhecemos a respeito de desenvolvimento de sistemas. ficou interessado? Pois saiba que o Jazz é um ambiente open-source, que a IBM planeja estimular com o intuito de criar um framework de desenvolvimento aberto que possa ser usado largamente por programadores e empresas de software.


O Jazz foi desenvolvido com o intuito de atender equipes de desenvolvimento de software que se encontram separadas geograficamente, criando uma camada conjunta onde todos os envolvidos possam trabalhar e fornecendo ferramentas para promover uma maior integração entre as tarefas envolvidas. Como exemplo, imagine que um programador envie uma mensagem instantânea para um colega localizado em outro ponto do país com um código fonte. Esse cara,ao invés de receber apenas o código em forma de texto estático, poderá clicar para ver onde o código se encaixa dentro da aplicação, seus requisitos e casos de testes relativos.


Trata-se de uma evolução das ferramentas de desenvolvimento. Originalmente criadas com o único objetivo de tornar o programador mais produtivo, com o aumento da complexidade do software, grandes empresas produtoras como a pŕopria IBM, a Microsoft,Sun Microsystems entre outras começaram a incluir recursos que abrangiam outras etapas do ciclo de vida do software em suas ferramentas, como a definição de requisitos, modelagem e mesmo a distribuição. Surgiram então grandes IDEs como o Visual Studio, o Net Beans e o Eclipse, entre outros. Além disso, a produção de softwares passou a incorporar também a gerência de equipes, gerenciamento de tarefas e controle de processo e mais, na programação e principalmente no mundo do software livre é muito comum a formação de comunidades de desenvolvedores dispersos geograficamente trabalhando em projetos.

E não é a primeira vez que a IBM investe em iniciativas livres, o próprio Eclipse foi criação da empresa em conjunto com outras grandes como a Borland, a Rational Software, Red Hat, SuSe, entre outras e que mais tarde também atraiu a HP, Oracle, Fujitsu, embora a big blue ainda encabeçe a equipe de desenvolvimento com sua subsidiária OTI. Ele adquiriu grande sucesso por ser uma IDE de base open-source baseada na incorporação de add-ons desenvolvidos por terceiros, permitindo ao desenvolvedor ter uma ferramenta tão especilizada quanto lhe fosse necessário, ou tão simples quanto possível.

Com o Jazz, a IBM planeja fazer algo semelhante, com um framework colaborativo, e não só para os usuários do Eclipse, mas também de outras IDES como o Microsoft Visual Studio. Além disso, a empresa está investindo em uma nova linha de produtos baseados nessa tecnologia e o primeiro deles já encontra-se disponível para download no site oficial Jazz.net, o Rational Team Concert 1.0, um portal apoiado no web 2.0, utilizando produtos IBM como o Websphere e Lotus Sametime e versão gratuita (Express-C) para times de até 3 pessoas. Quem interessar pode adquirir as outras versões, desde que com a correta aquisição das licensas junto a fabricante.

Fontes:

http://news.cnet.com/IBM-tunes-up-for-Jazz-open-source-project/2100-7344_3-6154727.html

http://blog.marcomendes.com/2008/06/25/its-jazz-time/

http://under-linux.org/8111-plataforma-de-desenvolvimento-da-ibm-aberta-ao-publico.html

quarta-feira, março 04, 2009

Migrando o desenvolvimento de aplicações para o mundo do software livre – Parte I

Entendendo as peculiaridades dos sistemas

Para quem está acostumado a desenvolver aplicações em ambiente Windows, mudar para sistemas de código livre, como o Linux, geralmente tende a ser uma barreira difícil de ser superada. O motivo principal de tal resistência remete à forma como o desenvolvimento de sistemas evoluiu ao passar dos anos em cada S.O e principalmente na forma como foram concebidos os principais IDEs (Integrated Development Environments) utilizadas.

O Turbo Pascal desenvolvido pela Borland que unia em uma única interface orientada a menus um editor de programas, um compilador e um depurador foi o grande pioneiro da IDE para DOS, entretanto programar para o sistema da Microsoft não era nada fácil. Algumas limitações daquele S.O incluíam: Limite de 640KiB de RAM, modelo de memória segmentado do 8086, aritmética de 16bits, ausência de mecanismos de proteção de memória, systemcalls primitivas e a falta de bibliotecas padronizadas.

Com a saída do Windows 3.0, novos recursos de desenvolvimento foram incluídos de modo a tornar o sistema mais atrativo aos usuários e desenvolvedores, com novas systemcallse conjuntos de bibliotecas para gráficos, multimídia e impressão. Além disso, surgiu o Visual Basic, um novo IDE que incorporou bibliotecas de níveis mais altos e a possibilidade de se desenhar formulários interativos visualmente, o que ajudou na automatização da geração de código de interface.

Foi então que a Microsoft utilizando um padrão bastante conhecido do mundo Linux, o Micro-Kernel, Arquitetura baseada em camadas e orientação a objetos conseguiu construir uma arquitetura de S.O inteiramente novo e não mais apenas uma simples extensão do DOS. Isso decorreu em vantagens significativas tais como a possibilidade de se executar aplicações escritas primariamente para outro sistema operacional e uma melhor gerência de memória, só para citar algumas. Ao mesmo tempo, com o aumento no número de systemcalls e a popularização dos IDE se fez necessário a criação de mecanismos que facilitassem a construção de novos componentes e a Microsoft respondeu com os OLE Controls (OCX), módulos de software que se baseiam nas tecnologias OLE e COM que, quando chamados por uma aplicação, produzem controles que acrescentam algum recurso interessante à aplicação. Apesar de representar um marco no reuso de componentes, abriu margem para diversos problemas de segurança, conhecidos largamente como DLL hell.

Tal problema fez com que cada ferramenta fornecesse suas próprias bibliotecas e incompatibilidades surgissem entre diversas versões de um mesmo IDE. Assim, as ferramentas de desenvolvimento tornaram-se de certo modo “inchadas” por incorporar todas as características dos programas e de tecnologias necessárias, além de ter que executar todas as tarefas e integrar os componentes do programa.

Em contraponto, o desenvolvimento em Unix, bem como do próprio kernell do S.O era realizada em C, logo possuíam vantagem de serem bem mais amigáveis aos programadores que o assembler usado no Windows, além de que era possível criar aplicações sem construtores visuais de formulários devido ao fato das bibliotecas gráficas não serem de baixo nível. Entretanto, o Linux teve como demanda inicial principalmente os ambientes multiusuários e servidores de rede, onde para este último a confiança das rotinas das bibliotecas e ferramentas de apoio importavam mais do que a criação de IDEs gráficas, além disso, a necessidade de suportar diversas plataformas de hardware dificultavam a construção de ferramentas visuais.

Somente com a união entre Linux e GNU, o S.O livre obteve acesso a uma porção de ferramentas de desenvolvimento como editores, compiladores, depuradores. Foi o inicio da popularização do Linux entre os usuários finais, um fenômeno que trouxe como benefício direto uma gradual melhora na usabilidade do S.O e o provimento de um sem número de aplicações, através do trabalho de dedicadas comunidades de desenvolvedores.

Entretanto as IDEs disponíveis para Linux em geral seguem um conjunto de características similares que os distinguem do padrão encontrado no Windows. Primeiramente, os recursos necessários à construção de aplicações (bibliotecas, componentes, etc) são fornecidos pelo S.O, logo, as ferramentas de desenvolvimento tendem a ser mais leves que as encontradas no sistema proprietário. Além disso, os IDEs não englobam todas as tarefas do processo de desenvolvimento, elas atuam mais como ponto de integração entre diversas aplicações e tecnologias de terceiros e a performance das aplicações está condicionadas às próprias aplicações e não ao sistema e normalmente são bem leves e rápidas.

Por fim, nesse texto espero que tenham entendido um pouco de como decorreu a evolução do desenvolvimento de sistemas usando IDEs entre os S.Os Windows e Linux, bem como um pouco das peculiaridades de cada sistema e como elas interferiram na arquitetura dos atuais ambientes de desenvolvimento que temos à nossa disposição hoje em dia.

No próximo post, abordarei as principais dificuldades encontradas no processo de migração de um desenvolvedor Windows para o ambiente livre.

Até Mais!

Para saber mais:
Meio bit
http://pt.wikipedia.org/wiki/Windows_NT
http://www.netpedia.com.br/MostraTermo.php?TermID=4761
Por Janio N. Lima