Em muitos diagramas da informática, principalmente na área de redes de computadores, é comum retratar o ambiente diverso da internet como a figura de uma nuvem (cloud, em inglês) e não por acaso. Tal qual uma nuvem real, a internet apresenta uma estrutura maleável com centro indefinido e contornos em constante mutação. Logo, Cloud Computing passou a ser conhecido como o ato de se utilizar a internet como se a mesma fosse uma extensão de seu computador.
É uma tendência que vêm ganhando força ultimamente, principalmente com os investimentos realizados por gigantes como o Google, Yahoo!, Microsoft, IBM entre outras e objetiva de forma simples centralizar tarefas relativas a processamento de dados em um unico lugar. Na prática, o computador passaria a ser um pouco mais que uma porta de acesso à nuvem e os serviços oferecidos por ela, sem a necessidade de instalar pouco ou nenhum dado adicional, o que para uma empresa significaria uma boa economia em investimentos em hardware, backups e atualizações de softwares.
Entretanto, a tecnologia não é tão recente como aparenta ser, afinal ela é a base que sustenta grandes empresas como o Google, atual ícone da Cloud Computing, e que tornou o mesmo tão popular, seja por meio de seu famoso motor de busca (que vasculha a cada consulta 40 bilhões de páginas, selecionando as informações pertinentes e devolvendo-as ao usuário como links) ou atuais aplicativos on-line Gmail, Google Calendar, Google Docs, etc. Mas não só ela, o que impressiona na programação nas nuvens é a diversidade de soluções disponíveis, indo desde simples sistemas de armazenamento de dados, edição de fotos, editores de texto até mesmo sistemas operacionais! Pelo menos é o que prometeu no ínicio do mês Steve Ballmer, CEO da Microsoft. O S.O, provisoriamente chamado de Windows Cloud seria um projeto separado do Windows 7 e voltado para desenvolvedores de aplicativos WEB, já disponível antes do fim do ano segundo pronunciamento de Ballmer.
Mas, e como a Cloud Computing garante a segurança dos dados de seus usuários? Bom, isso é uma questão que ainda levanta polêmica entre os pesquisadores do assunto, embora a opinião geral seja que os riscos são mínimos para a área corporativa. Para eles, é mais vantajoso para pequenas e médias empresas manterem seus dados na nuvem do que armazena-los no HD de seus servidores. A explicação é que as empresas que oferecem serviços web geralmente possuem uma equipe especializada destinada a proteger os dados armazenados, sistemas robustos e atualizados de combate a vírus e invasões e backups frequentes, coisa que muitas empresas desse porte não tem condições de realizar por conta de baixos investimentos na área ou falta de pessoal capacitado.
Isso sem contar que a flexibilidade da internet, facilita o acesso aos dados tanto por computadores e notebooks até por celulares, PDAS e outros dispositivos digitais. O resultado de toda essa revolução seria por exemplo o fim de suítes de softwares, como o pacote Office da Microsoft, em virtude de serviços web gratuítos ou assinados períodicamente. Enfim, aparentemente vivemos mais um momento de mudança de conceitos com relação ao computador e a influência da web em nossas vidas. Ou talvez não? Mais uma vez na informática, a força dessa corrente só o tempo dirá.
Por Janio N. Lima
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