Há pouco mais de 10 anos existia um browser chamado Netscape que que vivia um "eterno" conflito com seu arquirival Internet Explorer. A cada novo recurso que um lançava o outro não ficava atrás e na próxima versão copiava as inovações do outro. A guerra ia sendo travada com vantagens para um, mas o golpe mortal foi dado pela Microsoft quando integrou o Internet Explorer ao Windows. O Netscape morreu e pouca gente ainda lembra que o mesmo existiu.
Hoje, ainda há uma guerra. Mas a situação é bem diferente. Se de um lado temos o IE com uma enorme vantagem sobre seus competidores, do outro temos vários browsers, cada um tendo uma pequena fatia do mercado, porém com uma filosofia de negócio bem diferente. Enquanto o IE é um software de código fechado integrante de um "pacote" de aplicativos que vem pré-escolhidos com o sistema operacional Windows, os demais browsers são, na sua maioria, softwares livres instalados espontaneamente pelos usuários. A liderança folgada do IE vem caindo mês a mês, em grande parte pela falta de inovação do browser, que não consegue acompanhar o rítmo alucinante dos competidores. O IE também apresenta várias falhas de segurança, além de ocupar mais memória e renderizar as páginas mais lentamente.
Dos rivais do IE se destaca o Firefox, mantido pela Mozilla. O Firefox tem como maior fonte de renda as pesquisas feitas na barra de pesquisas pelo Google. Sua interface é altamente personalizável pela enorme quantidade de add-ons e temas disponíveis, o que faz o browser se adaptar perfeitamente as opções e gostos dos seus fiéis usuários. Outra vantagem do Firefox é que o mesmo é portável para várias plataformas, dentre elas o Linux.
Também temos o Safari e o Opera. O Safari saiu do seu nicho principal, os MAC users, e passou a se difundir pelos usuários do Windows por sua rapidez e leveza. Já o Opera é outro software livre inovador e atende a um nicho bem específico do mercado. É conhecido por renderizar páginas rapidamente e por ter algumas boas inovações, como o "Speed Dial", onde podemos visualizar previews e acessar nossas páginas prediletas rapidamente, e a "Lixeira", onde podemos acessar em um click as abas fechadas recentemente.
Se a guerra estava esquentando, agora então ferveu com a entrada da gigante da internet na arena: o Google. A empresa vinha trabalhado secretamente em um novo browser chamado de Google Chrome. Ao contrário da Microsoft o Google aderiu ao software livre e usou trechos de código do Firefox e Safari para criar seu navegador. O mesmo traz vários recursos técnicos inovadores e principalmente com um desempenho de arrasar! De todos os browsers citados é o que renderiza mais rapidamente as páginas. Seu motor de javascript, sugestivamente chamado de V8, foi completamente reformulado para atender a demanda da WEB 2.0 e o resultado foi arrasador. Quanto ao gerenciamento de memória, o browser consome mais quando inicializa, mas a cada nova aba aberta pouca memória adicional é utilizada fazendo com que seja o mais econômico dentre os rivais quando está com 3 abas abertas por exemplo.
A Google declarou que não desejava bater em nenhum browser, mas sim esquentar um mercado morno e direcioná-lo para atender as necessidades de suas aplicações online, como o Gmail, Google Maps, etc. O Chrome foi recebido bem pela comunidade online por ter nascido com um tom colaborativista e inovador, o que, aliás, é a cara do Google.
O futuro dessa guerra ainda não está definido e talvez nunca esteja. O melhor disso tudo, é que quem sai ganhando é o consumindor, que tem diante de sí tantas opções de boa qualidade e que evoluem rapidamente. Se cuida IE, o fantasma do Netscape está ressurgindo entre seus vários rivais!
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