2006 foi um ótimo ano para o mercado brasileiro de computadores. Acumulando vendas que chegam à marca dos nove milhões de unidades, segundo dados do Assessor Especial da Presidência da República José Luís Maio de Aquino, muitos especialistas já acreditam que estamos presenciando o boom do setor no país. Para se ter uma idéia do tamanho de tal crescimento, a consultoria IDC Brasil, especializada em TI, em sua projeção de vendas para o último trimestre de 2006 apontou para um crescimento de quase 30% em relação a ano anterior, ou equivalente ao total obtido em 2003.
Entre os fatores apontados para esse crescimento acelerado estão a disponibilidade de crédito aos consumidores (com financiamento de até 24 meses), a valorização do real em relação ao dólar e a venda de produtos do Programa Cidadão Conectado-Computador para Todos ou PC Conectado do Governo Federal, que foram responsáveis por cerca de um milhão dos 9 citados pelo Assessor. Esse programa, criado em outubro de 2005 tinha por objetivo oferecer isenção das alíquotas de PIS/Cofins para desktops e notebooks com valores até R$ 2,5 mil de modo a viabilizar sua aquisição pela população de baixa renda e já em seu ano de abertura acumulou vendas de 40 mil unidades.
O sucesso do programa incentivou o governo a inseri-lo entre as medidas de desoneração de impostos previstas pelo novo mandato Petista, o qual investirá R$ 600 milhões em ações que visem aumentar seu campo de atuação, como aumento dos incentivos fiscais, universalização da internet e investimento no mercado de portáteis.
Aumentando o valor do produto (tanto desktops quanto notebooks) financiado para um limite de R$ 4 mil, o governo pretende estender os benefícios do programa para atender às micro e pequenas empresas, bem como demais usuários que desejem adquirir máquinas mais potentes. Enquanto que pretende negociar junto às operadoras de telefonia um barateamento do acesso à internet através de uma assinatura mensal no valor de R$ 7,50 mais impostos que daria direito a 15 horas de conexão mensais, além das tarifas reduzidas para fins de semana, feriados e madrugada, buscando com isso ampliar o acesso da população à internet e a uma universalização da banda larga.
Já para os computadores móveis, o governo pretende adotar políticas mais ousadas, confiante que 2007 será o ano dos laptops, através linhas de financiamento especiais e redução de impostos que propiciem a aquisição desses produtos por um valor menor que R$ 2 mil. A idéia é atingir a educação através da fabricação de um produto destinado aos professores, posto a característica de mobilidade e baterias independentes dos portáteis, facilitando seu uso tanto em casa quanto na sala de aula.
Com esse programa, ainda, o governo tenciona reduzir a participação do chamado mercado cinza, o mercado da informalidade, que ano passado possuía uma fatia de mercado estimada em 68% e que este ano diminuiu para algo em torno de 50%. A expectativa é que a redução dos preços dos produtos reduza ainda mais a informalidade e que o mercado oficial ultrapasse o cinza em um prazo relativamente curto.
Parece ser um mercado tão promissor que até gigantes na área da informática como a Intel e a Microsoft tentam convencer o governo de que querem colaborar com o projeto, que tem como maior beneficiado o consumidor brasileiro.
Por Janio N. Lima
Fontes: Portal Info Online - http://www.infoexame.com.br
Portal TI Inside - http://www.tiinside.com.br
Portal Computador para Todos http://www.computadorparatodos.gov.br
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