É gritante a tendência global do mundo da tecnologia em direção a computação nas nuvems. Graças ao fenômeno maciço da Internet, temos hoje no mercado dispositivos de acesso à web tão diversos, quanto os usuários dos mesmos. Geladeira, netbook, celular, PDA, smartphone, etc. Tudo isso acessa a rede mundial de computadores. O fenômeno é tão surreal, que vemos finalmente os sistemas operacionais caírem para segundo lugar em importância. Por outro lado, os browsers que antes eram meros "programinhas", passaram a ser o hit do momento. As linguagens de programação para web antes consideradas fajutas e discriminadas no mundo dos programadores, hoje dominam o cenário mundial da programação.
A Internet caminha a passos cada vez mais largos para a democratização de conteúdo. As pessoas não querem mais apenas compartilhar vídeos e mp3, elas querem compartilhar vídeos com qualidade de DVD e álbuns completos de música. As ferramentas de P2P, dominam o tráfego de massa na rede, os blogs que publicam filmes, séries, livros... Compartilhar! O sonho do internauta.
A Grande Rede está crescendo de tal forma, que hoje os governos atuam tentando censurar o contéudo que lhes possa afetar a governabilidade. A China é o maior exemplo disso. Mas é claro que os governos não estão prontos para a velocidade e o poder da rede. Enquanto os governantes chineses ainda estudavam alternativas para conseguir barrar o tráfego, pessoas em diversas partes do mundo já disponibilizavam ferramentas para furar a "Muralha da China". O caso Cicarelli no Brasil é outro exemplo disso, um juiz, no alto de sua ignorância e arrogância, simplesmente mandou bloquear o acesso ao Youtube no Brasil. O resultado foi que a ordem ecoou vazia, pois as pessoas já haviam feito ferramentas para disponibilizar o acesso, e desmoralizou o Judiciário.
A força da Internet está na liberdade de não se submeter a qualquer governo e a qualquer tipo de controle. Os governos parecem dinossauros gigantes, pesados e lentos tentando conter uma nuvem de gafanhotos.
É claro que tanta liberdade tem seu preço. Se por um lado conseguimos acessar com um click imagens da superfície de Marte (thankz Google!), por outro com um click podemos nos deparar com pornografia infantil, intimidades expostas, vírus, worms, trojans, spywares... Provavelmente, no futuro, o filtro de conteúdo seja mais presente em nosso cotidiano. Ps.: O Google Images já filtra algum conteúdo or padrão, o que sinaliza a tendência da rede.
Baseado nesse cenário arrisco-me da dizer os próximos passos. A internet caminha para uma revolução na forma como o conteúdo compartilhado é exposto ao usuário. Temos telas multitoque flexíveis, que criarão páginas com interface incrível. Mas isso não será trabalho dos sistemas operacionais, mas sim dos browsers, pois estes recursos devem ser incorporados as especificações da HTML. Sistemas de reconhecimento de fala e gestos. Tudo isso será absorvido pela nossa rede com tamanha voracidade, que provavelmente nós um dia nos perguntemos, "Você lembra daquele tempo que os sites eram exibidos em monitores LCD? Que tempo chato!"
Quem viver, verá!
sábado, março 21, 2009
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